As histórias, reportagens e aventuras do jornalista Rubens Valente marcaram o começo da VI Semana do Jornalismo, no Auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC. Como repórter do jornal Folha de São Paulo, Valente comentou o próprio ofício junto ao público, criticando o atual momento da imprensa brasileira.
Para Valente, o jornalismo nascido do repórter tem perdido espaço para o jornalismo de cobertura. Cada vez mais, os jornalistas ficam dependentes do acompanhamento contínuo e esquecem de tomar iniciativas. Outro ponto comentado por ele diz respeito ao apego dos profissionais pelo computador. “A máquina não vai dar uma boa história. (...) É preciso interrogas as pessoas”, ensina alguém que tem experiência de veículos como O Globo e Veja.
Questionado sobre o tempo em que trabalhou na revista, ele foi conciso a dizer que não se sentia muito à vontade para comentar o assunto. Para Valente, os métodos de edição e pauta usados pela revista não são aqueles que ele gostaria de conviver. “Talvez tenha sido a minha experiência pessoal, mas não foi muito boa”, encerrou.
Entre as diversas questões que comentou está o medo, presente em todos os jornalistas, de passar uma informação errada, especialmente dentro de uma reportagem investigativa. Ele mesmo admite que sabe que pode cometer enganos a qualquer hora mas, para evitá-los, vai acumulando experiências. E, para finalizar a palestra, deu uma dica a todos aqueles que o questionam a respeito do mercado - sugeriu que os jovens não esperem que a sociedade abra um espaço e façam o processo inverso, oferecendo um conhecimento e se aprimorando. “Naturalmente o mercado vai reconhecer o teu valor”.
Assessoria de Imprensa
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
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